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Pare de perder dinheiro com a poupança: conheça produtos que rendem mais do que a poupança com a mes

  • Lucas Neris
  • 15 de nov. de 2017
  • 6 min de leitura

A poupança é o investimento mais popular entre os brasileiros. Isso deve-se a fatores como: comodidade, segurança e liquidez. Porém, como já foi discutido no artigo “Por que de não investir na poupança”, existem N motivos para não investir nela, entre os quais podemos destacar a baixa rentabilidade real, principalmente em tempos de inflação alta. E agora temos mais um motivo: a SELIC abaixo de 8,5%.

Devido a lei da nova poupança (Lei 12.703/2012), quando a SELIC estiver abaixo de 7,5% o valor rendimento da caderneta de poupança será dado por 70% da SELIC + TR (Taxa de Referência). Assim, a poupança tende a partir de agora render menos, ainda mais porque na próxima reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária), que irá ocorrer no dia 5 de dezembro, o mercado espera que a SELIC caia para 7%a.a. Sendo assim, a poupança renderá ao mês algo em torno de 0,83% + TR, taxa essa que de Janeiro até o início de Novembro está acumulada em 0,6%.

Simulação

A fim de exemplificação, vamos considerar que deixarei meu dinheiro investido na poupança durante o ano de 2018 e que nesse período a taxa SELIC mantenha-se constante em 7%a.a. e o TR anual esteja em 1%. Ao final do período de um ano, o meu dinheiro renderá de juros apenas 5,9%. Se descontarmos a inflação desse período, estimado pelo Banco Central em 4,3% para 2018, a poupança terá um rendimento de apenas 1,6%.

Alguns podem argumentar que o investimento em caderneta de poupança não deve ao seu rendimento, mas sim à sua liquidez (facilidade em transformar um ativo em dinheiro) e também à sua facilidade de investir. Porém, o que muitas das pessoas desconhecem é que existem outros investimentos que rendem mais que a poupança com comodidade, segurança e liquidez semelhantes. Entre esses investimentos podemos destacar o Certificado de Depósito Bancário (CDB), Tesouro Direto e Debêntures.

Antes de explicarmos o que são esses produtos precisamos explicar alguns conceitos:

Juros Pré-Fixados: é aquele que você sabe o quanto irá receber no momento em que sacar o dinheiro.

Taxa Selic: é a taxa básica de juros brasileira e serve de referência para a economia brasileira. A taxa é definida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil).

Juros pós-fixados: são taxas de juros vinculadas à taxa de referência como a taxa Selic, Taxa DI e IPCA.

Taxa DI (Depósito Interbancário): é a média dos juros praticado entre os bancos, principalmente para seus clientes poderem sacar o seu dinheiro. Para isso, eles recorrem à empréstimos com outros bancos, os quais são remunerados pela taxa DI. Essa taxa é utilizada por vários setores da economia como forma de taxa de referência.

IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo): é um índice utilizado para medir a variação de preços do mercado para o consumidor final.

Fundo Garantidor de Crédito (FGC): é uma instituição privada que visa dar segurança aos investidores. Ela permite que caso uma instituição financeira venha à falência, o investidor receba até R$250.000,00 do valor investido na instituição.

Após a explicação desses conceitos podemos dar continuidade sobre os tipos de investimentos.

Certificado de Depósito Bancário (CDB)

O certificado de depósito bancário nada mais é que uma aplicação onde você empresta o seu dinheiro para um banco, e em contrapartida, ele te paga uma taxa de juros. Essa taxa de juros pode estar pré-fixada ou pós-fixada.

Na taxa pós-fixada, os mais comuns são os juros indexados a um percentual da taxa DI e os juros indexados ao IPCA + uma taxa fixa de juros. Quanto maior o tempo que você deixar o seu dinheiro investido e quanto maior for a dificuldade do banco em captar dinheiro, maior será o valor da taxa.

Como os CDB’s são segurados pelo FGC até um valor de R$250.000,00 por instituição, vale a pena investir em bancos pequenos devido à sua menor capacidade de conseguir dinheiro no mercado.

*Valores de CDB’s oferecido pelo Banco Daycoval, retirado do site do próprio banco.

*Valores de CDB do banco inter. Note que os valores são dados em relação à taxa DI.

Vale ressaltar que os CDB’s estão sujeitos a taxação. Porém, mesmo com a taxação o valor continua sendo maior que a poupança. Vamos fazer mais uma simulação:

Quero investir R$1000,00 em CDB’s e mais R$1000,00 poupança. Vou depositá-lo no dia 4 de maio de 2017 e retirá-lo no dia 31 de outubro do mesmo ano.

Comparando o rendimento entre o CDB de liquidez diária, o CDB com prazo de 180 dias do banco Inter e a poupança, teremos:

Note que para um mesmo período, o rendimento em relação a caderneta de poupança do CDB foi de um pouco mais de 30% para o CDB com 99% de taxa DI e de 33% para o CDB com 101% de taxa DI. Note também que o valor seria ainda maior se deixássemos o título para um período maior que um ano, pois a tributação seria menor.

Além disso, vale ressaltar que bancos menores tendem a pagar não raramente CDB’s com taxas por volta de 110% da Taxa DI, o que aumenta ainda mais a diferença entre os rendimentos.

Para saber mais sobre CDB’s, clique aqui.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto nada mais é que uma aplicação onde você empresta seu dinheiro para o governo e, em contrapartida, ele te paga uma determinada taxa de juros. Assim como no caso dos CDB’s, existe tanto a possibilidade de investir com uma taxa pré-fixada quanto em uma taxa de juros pós-fixada, as quais pode-se destacar as taxas pós-fixadas atreladas à Selic e ao IPCA. Esse tipo de investimento conta com uma boa segurança, pois dificilmente o governo vai dar um “calote” nos investidores, além de ter uma alta liquidez.

Um dos pontos negativos do Tesouro Direto, além da tributação, é a taxa de custódia cobrada anualmente pela BM&FBovespa no valor de 0,3% do valor do título. Porém, mesmo com essas taxas, os rendimentos dos títulos do Tesouro Direto tendem a serem melhores do que a da caderneta.

Assim como no caso do CDB, vamos fazer uma simulação:

Tenho R$1000,00 e quero investir ou na poupança ou no Tesouro Selic, título esse que rende o valor da Selic. Vou depositar esse dinheiro no dia 4 de maio de 2017 e retirá-lo no dia 31 de outubro do mesmo ano.

Como podemos ver, mesmo com as taxas ainda compensa muito mais investir no Tesouro Selic do que na poupança, pois o Tesouro Selic rendeu 33% a mais que a poupança em um mesmo período. Essa diferença tende a aumentar se o tempo de investimento for maior devido à cobrança regressiva do Imposto de Renda.

Além disso, a depender do tipo de título que você comprar o rendimento pode ser ainda maior.

Para saber mais sobre Tesouro Direto, os diferentes tipos de títulos e seus respectivos rendimentos, clique aqui.

Debêntures

As empresas quando querem expandir os seus negócios ou realizar um investimento, mas não tem o capital necessário para esse fim, acabam recorrendo ao empréstimo bancário ou a debêntures. Debêntures nada mais são do que uma forma de empréstimo onde o investidor empresta o seu dinheiro à empresa e, em contrapartida, recebe pelo empréstimo uma taxa de juros, que pode ser pré-fixada ou pós-fixada.

Em relação à tributação, existem debêntures que sofrem tributação e as que não sofrem, as quais são chamadas debêntures incentivadas.

Porém, deve-se ter em mente que dependendo da empresa, tanto a segurança quanto a liquidez do papel podem variar. Abaixo, temos alguns exemplos de debêntures retirados da plataforma EASYINVEST. Note que algumas debêntures não incidem imposto de renda.

Se você se interessou sobre as debêntures e está pensando em colocar o seu dinheiro nelas, não deixe de ler o nosso artigo que explica tudo sobre esse tipo de investimento. É só clicar aqui

Mas como ter acesso a esses investimentos?

Como você pode ver, os investimentos em CDB’s, Tesouro Selic e Debêntures tendem a render mais do que a poupança. Agora você deve estar se perguntando: como eu faço para ter acesso a esses investimentos? É simples, basta você criar uma conta em uma corretora. Isso pode ser feito totalmente via internet.

Um dos poucos cuidados que devemos ter ao abrir uma conta na corretora é saber se elas cobram alguma taxa para comprar e guardar esses produtos. Uma boa parte delas não cobram, mas é algo que vale a pena ficar de olho.

Outra dica para caso caso você queira investir em Debêntures ou em CDB’s, busque corretoras independentes porque assim você terá acesso à CDB’s e debêntures de vários bancos, o que aumenta o seu leque de escolha.

Bons investimentos!

 
 
 

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